Houve 38 novas "reformas douradas" desde a chegada
da troika
De Maio de 2011 a Maio deste ano, houve 38 novas reformas na
Função Pública acima de cinco mil euros. Estas pensões custam ao Estado mais de
2,6 milhões de euros por ano.
A notícia é avançada na edição de hoje do “Diário de
Notícias”, que consultou os diários da República referentes ao período de um
ano que passou desde que a troika “aterrou” em Portugal. Os dados de Maio deste
ano são conhecidos porque as pensões já foram atribuídas para esse mês. A maior
incidência de reformas deste tipo ocorre nos ministérios da Justiça (12), Saúde
(11) e Defesa (quatro), escreve o jornal.
Mas se houve 38 pensionistas a passar a barreira dos cinco
mil euros, um número correspondente a cerca de 80 pensionistas ficou bem perto
desse valor. O ex-presidente da Assembleia da República (AR), Jaime Gama, foi
um deles, ao ver ser-lhe atribuída uma pensão de reforma de 4.808,11 euros, em
Agosto de 2011. Um valor inferior ao que foi atribuído à adjunta da
Secretaria-Geral da AR, Maria Rosário Boleio, que vai auferir 5.742,97 euros
mensais.
O jornal dá vários exemplos de “reformas douradas” nesse
período: os chefes de serviço de hospital recebem entre 5.053 a 5.100 euros. Um
enfermeiro especialista ou uma técnica de Justiça adjunta conseguem atingir
5.048 euros mensais. Já o general Luís Valença Pinto consegue atingir 5.607
euros. Procuradores-gerais adjuntos e juízes-conselheiros e desembargadores
recebem, em média, 5.500 euros mensais.
A CGA também vai pagar, a partir do próximo mês, uma pensão
acima de cinco mil euros a um dirigente de um externato particular, ao abrigo
de uma lei do ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva.
«Houve 38 novas "reformas douradas" desde a
chegada da troika», Jornal de Negócios
Online, 11 abril 2012, [url] http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=550277
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